Arranjos espaciais: concentração e mobilidade que redesenham aglomerações e centros
Palavras-chave:
Arranjos espaciais, arranjos urbano-regionais, análise exploratória espacial, autocorrelação espacialResumo
Um padrão complexo de organização espacial se configura neste estágio da metropolização, compondo morfologias que transcendem as tradicionais aglomerações definidas por manchas contínuas de ocupação entre mais de um município. São configurações que articulam em uma unidade espacial conjuntos de aglomerações e centros sob intensa mobilidade, focos de convergência de fluxos diversos e altamente concentradoras de população e riqueza. No Brasil, pode-se identificar arranjos espaciais singulares e de natureza urbano-regional. Com esse objetivo, pesquisa realizada em 2009 apontou nove arranjos urbano-regionais entre os municípios brasileiros. Em posse de informações mais recentes, a pesquisa foi atualizada e seus resultados são publicizados neste artigo. A principal ferramenta utilizada foi a análise exploratória de dados espaciais, que se mostrou adequada a estudos de conjuntos amplos de unidades observacionais (áreas), possibilitando resultados reveladores de dinâmicas territoriais e de padrões de correlações espaciais entre municípios. Associou-se a informações de centralidade (rede de cidades) e conectividade (sistema viário principal), entre outras decorrentes da literatura pertinente, apontando não só os arranjos urbano-regionais, como arranjos espaciais singulares e aglomerações urbano-regionais.