As trocas migratórias entre Paraná e suas regiões metropolitanas com as regiões brasileiras nas décadas recentes
Palavras-chave:
Imigrantes e emigrantes interestaduais de data fixa, Saldos migratórios, Paraná, Regiões metropolitanas paranaensesResumo
Nas últimas décadas, as migrações internas no Brasil vem experimentando algumas características diferenciadas, e mais complexas, das que prevaleceram no período anterior, marcado pela intensa industrialização e urbanização do país. Crescem de importância os deslocamentos de mais curta distância, os movimentos intra-regionais e intra-estaduais, o aumento das etapas migratórias, as reemigrações. A partir dessa premissa, o presente estudo, valendo-se dos dados censitários de 1991, 2000 e 2010 relacionados à migração de data fixa, explora o recorte das trocas migratórias entre o Paraná e suas regiões metropolitanas com o restante do país ao longo desse período, avaliando volumes, áreas de origem e de destino e as mudanças ou continuidades verificadas. Principais conclusões: drástica redução dos saldos migratórios interestaduais negativos do Estado, tornando-se praticamente nulos no último quinquênio da década de 2000; o Estado de São Paulo, que por várias décadas recebeu mais migrantes oriundos do Paraná do que enviou, passou a apresentar perdas líquidas para este estado nos anos recentes; por outro lado, crescem as perdas do Paraná para Santa Catarina, evidenciando o aumento do poder de atração desta UF não apenas sobre os estados vizinhos, como também de outras regiões do Brasil; as regiões metropolitanas paranaenses continuam a ser os espaços de maior absorção dos movimentos migratórios interestaduais do Estado, em particular a RM de Curitiba.